segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Outra vez?

Nunca passara pela minha cabeça, a ideia de nosso futuro interligado. Quando tudo começou parecia amor juvenil, coisa de colegial, dois amigos que acabaram se aproximando demais. Eu não dei a devida importância as datas comemorativas, não presenteei-o após o primeiro mês, pelo simples fato de não saber quando o completava. E você me conhecia, bem antes de sermos qualquer coisa além de amigos. Vivia dando risada do meu jeito desastrada, tropeçando no meu próprio pé e quase caindo, derrubando tudo no chão. Você me mandava mensagens no celular a tarde inteira, e eu deixava de responder algumas onde você deixava um pouco do seu sentimento a mostra. Enquanto não te respondia, pensava o que alguem centrado como você via em alguem inconsequente, porra louca, possessiva e birrenta como eu? Quando resolvia te responder, te dizia que estava fazendo faxina na casa, e você dava risada, dizia que era mentira. Minhas unhas sempre bem feitas e meu cabelo sempre impecável eram a prova de que eu jamais tocara em uma vassoura ou carregara um balde. Mas assim que você me conheceu melhor, passou a acreditar todas as vezes que eu te dizia que estava lavando o banheiro, ou que estava trocando as lâmpadas de casa e consertando o microondas, e por mais incrível que pareça, isso sempre te encantou. E eu achava engraçada a maneira em que você me dizia que eu era mulher de verdade, em todos os sentidos. Você sempre admirou meu caráter, minha força, minha sede de viver. E sempre me dizia, olhando nos meus olhos, que queria alguem assim só pra você.. não por egoísmo ou posse, mas pra cuidar, acalentar, e até mesmo discutir. Você sempre dizia que devia ser muito engraçado discutir com alguem como eu: baixinha e de voz fina, querendo engrossar a voz e ficar na pontinha dos pés pra ser levada a sério durante a discussão. E eu sempre admirei você, suas brincadeiras idiotas, e seus olhos incrivelmente escuros. Passamos por tantas coisas, choramos juntos, você segurou minha mão quando eu precisei, e eu sempre preferi não me envolver com você, não queria que você se envolvesse como alguem como eu.. E hoje, te vejo ajoelhado, no meio da rua, com a lua e as estrelas testemunhando, enquanto você olha nos meus olhos, me perguntando "Quer ser minha menina?", e a minha única resposta é "Sempre quis, mas você não sabe a encrenca que tá se metendo.", e só o que eu consigo escutar antes de você me beijar, é que você sempre quis se encrencar comigo..

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Sim, tomas - de amor.

deito a cabeça no travesseiro, e consigo escutar você dizendo "te amo". sem que eu perceba meu travesseiro parece ser seu peito, e eu quase consigo sentir seu cheiro. por mais que pareça sonho, eu sei que dali a algumas horas, a realidade se torna exatamente essa. você me acordando com sua voz grossa, e ainda assim suave e apaixonada, confirmando o que, um dia, meus sonhos mais loucos me fizeram acreditar que viria a acontecer. era isso: você me aninhava em seu colo, de uma maneira que pudesse observar meu rosto enquanto eu dormia, e ainda assim alcançasse meu ouvido, pra me sussurrar palavras bonitas até que eu dormisse, e depois, me acordar com mais palavras doces. alimentando meu coração, salivando minha alma, me fazendo sonhar ainda mais. a cada dia limpando as lagrimas, transformando-as em risos, em beijos, em provas. de amor, do nosso amor.