quarta-feira, 7 de setembro de 2011

rodapé

tenho manias que são capazes de irritar até a mim. sou inconstante, minhas emoções explodem a qualquer momento, em riso ou choro. gosto de futebol, mas torço pra dois times e quase nem assisto. demonstro frieza, mas ainda assim sou uma manteiga derretida. não tenho medo de barata, de aranha, de cobra.. mas tenho medo de fazer as escolhas erradas, ah.. isso me apavora! tenho nostalgia com o passado, mas não queria voltar. odiava panelinhas, mas era a rainha das patricinhas na escola. entro em contradição a todo momento, e mesmo assim juro que tenho uma opinião formada sobre tudo. uma orgulhosa que pede perdão. uma manipuladora com bom coração. uma cigana, uma lagarta. em constante transformação. sou daquelas que diz que não se apaixona, mas sonha com o menino mais bonito. quando dizem que sou linda, não me envaideço. nego, mas fico dia a dia mais confiante para investir naquele rapaz. escrevo, leio, escrevo, apago. me acho mulher, me descubro menina. me perco criança. se preciso viro bebe. ja enchi a cara, ja quebrei a cara. tenho uma agenda. tenho recortes bobos, revistas. papéis de carta cor-de-rosa, cheirosos. o bilhete do cinema, a embalagem do chocolate, os corações com seu nome, as brincadeiras com seu nome. meu nome com seu sobrenome. sou menina. e voce moleque. mas eu gosto mesmo assim. sonhos inocentes me acompanham todas as noites, andar de mãos dadas contigo, sair pela porta da frente da escola ostentando meu namorado, ser a sua namorada, fazer carinhos, receber afagos, conhecer o que chamam de amor, explorar esse desconhecido, que aqui dentro anseia por sair, me lembro quando ouvia comentarem das cólicas, que era dor de mulher, e eu queria tanto. até minha primeira cólica, e passei por ela sorridente. e digo: quero todo mês. pra me lembrar que sou feminina, que posso chorar, que posso fazer manha, birra, ter vontades, desde que tenha alguém para satisfaze-las. e assim espero o amor. sei que um dia vai doer amar, sei que um dia vou chorar. mas não pretendo desistir. é ele que vai me dar e mostrar o quanto estou viva. vou medir minha vida, pela quantidade e intensidade de amor. seja com o menino mais bonito, com o mais inteligente, com o desengonçado. amar. amar. e amar. e no fim do ano, folhear essa agenda recheada de experiências novas. e me preparar, para a próxima. que venha mais um ano.

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